Agilidade no desenvolvimento de novos modelos é um dos pontos principais que colocam os chineses
As montadoras chinesas devem atingir 33% da participação no mercado automotivo global até 2030, de acordo com a empresa de consultoria AlixPartners. Grande parte do crescimento, de uma previsão de 21% de participação de mercado neste ano, deve vir de fora da China, mas com apenas 3% dela proveniente de fora do país. Até 2030, este último número deverá aumentar para 13%.
As principais prejudicadas devem ser as montadoras estrangeiras que operam na China, já que a expectativa é que as fabricantes locais aumentem a sua participação no mercado interno dos atuais 59% para 72%.
Prevê-se também que várias outras regiões registem um forte crescimento até ao final da década: Sul e Sudeste Asiático, de 3% para 31%, Oriente Médio e África, de 8% para 39%, e América Central e do Sul, de 7% para 28%.
Na Europa, a projeção é que a participação de montadoras chinesas passe de 6% para 12%, e na Rússia de 33% a 69%.
EUA e Japão: mercado restrito No entanto, a AlixPartners acrescentou que espera uma expansão muito menor no Japão e na América do Norte,incluindo os EUA, onde os padrões de segurança de veículos são mais rigorosos e uma tarifa de 100% sobre carros elétricos chineses importados foi anunciada.
A AlixPartners explicou as suas conclusões sobre o papel crescente da China na indústria automóvel global, incluindo o fato de as montadoras chinesas gastarem metade do tempo a desenvolver novos modelos – 20 em vez de 40 meses, terem uma política de preços agressiva e estarem ativamente a localizar a produção em mercados estrangeiros.
“A China é o novo disruptor da indústria, capaz de criar veículos essenciais que são mais rápidos de chegar ao mercado,mais baratos de comprar, avançados em tecnologia e design e mais eficientes de construir”disse Mark Wakefield , colíder global da prática automotiva e industrial da AlixPartners, em um comunicado.
Wakefield disse que, para que as montadoras tradicionais possam competir com as montadoras chinesas,elas precisam repensar seus processos de desenvolvimento de negócios e o ritmo de desenvolvimento de veículos.