Segundo o teólogo Jose Eduardo Oliveira e Silva, a figura de Maria, mãe de Jesus, é central na fé cristã, e sua vida é um testemunho inigualável de fé e obediência. Em um mundo onde a insegurança e o medo muitas vezes prevalecem, Maria como modelo de confiança se apresenta como uma inspiração poderosa. A confiança de Maria não era uma crença ingênua em algo irreal, mas uma profunda e ativa entrega a Deus, uma atitude que a fez capaz de dizer “sim” a um plano que ela não compreendia plenamente.
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O “sim’” de Maria: a confiança em meio ao improvável
O momento mais emblemático da confiança de Maria é, sem dúvida, a Anunciação. Quando o anjo Gabriel lhe revelou que ela conceberia o Filho de Deus, a notícia era, humanamente falando, impossível e socialmente arriscada. A resposta de Maria — “Faça-se em mim segundo a tua palavra” — não foi resultado de uma compreensão total do evento, mas de uma fé inabalável. Ela confiou na palavra de Deus, mesmo diante do mistério e da incerteza. Como explica o sacerdote Jose Eduardo Oliveira e Silva, o “fiat’” de Maria (faça-se) é a expressão máxima de sua confiança: ela se entregou, sabendo que estava nas mãos de um Deus que é bom e fiel. Essa atitude de entrega total é o que a torna um farol para todos nós.

Maria em meio às dificuldades: a confiança na dor
A vida de Maria não foi um mar de rosas. A confiança que ela demonstrou na Anunciação foi testada em momentos de grande dor e dificuldade. Ela deu à luz em um estábulo, teve que fugir para o Egito para proteger seu filho e, acima de tudo, esteve ao pé da cruz, testemunhando o sofrimento e a morte de Jesus. Em cada um desses momentos, a confiança de Maria se manteve firme. Ela não compreendia a razão de todo o sofrimento, mas não perdeu a fé no amor e no plano de Deus. Para o teólogo Jose Eduardo Oliveira e Silva, a fé de Maria não é uma fé que elimina a dor, mas uma fé que nos capacita a suportá-la com esperança, sabendo que mesmo nas principais provações, Deus está presente.
Maria como modelo de oração e silêncio interior
A confiança de Maria estava profundamente enraizada em sua vida de oração e silêncio interior. O Evangelho de Lucas menciona que ela “guardava todas essas coisas em seu coração” (Lucas 2:19, 51). Essa atitude de meditação e contemplação permitiu que ela processasse os eventos de sua vida não com a lógica do mundo, mas com a sabedoria divina. O silêncio de Maria diante do mistério é um convite para que nós também busquemos um espaço de tranquilidade para escutar a voz de Deus em nossas vidas. Como comenta o Pe. Jose Eduardo Oliveira e Silva, o modelo de Maria nos ensina que a confiança em Deus não é somente uma crença intelectual, mas uma atitude do coração que se cultiva na quietude e na oração.
Como a confiança de Maria nos inspira hoje?
A lição de confiança de Maria é atemporal e relevante para os desafios do nosso tempo. Em um mundo de incertezas econômicas, conflitos e crises existenciais, o modelo de Maria nos convida a confiar em Deus acima de todas as coisas. Ela nos inspira a dizer “sim” aos planos de Deus, mesmo quando eles parecem assustadores ou ilógicos. A fé de Maria é um farol que ilumina o caminho, mostrando que a entrega a Deus não é um ato de fraqueza, mas de extrema força e coragem. Conforme o sacerdote Jose Eduardo Oliveira e Silva, essa confiança nos liberta do controle e da ansiedade, permitindo que vivamos uma vida mais serena e plena.
Maria: modelo insuperável de confiança e entrega!
Em conclusão, Maria é, de fato, um modelo insuperável de confiança e entrega. Sua vida demonstra que a fé em Deus é a resposta para a incerteza e para a dor. O seu “sim”, sustentado por uma vida de oração e por uma confiança inabalável, é um convite para que cada um de nós também se entregue ao plano divino, sabendo que, nas mãos de Deus, nossa vida está segura. A confiança de Maria é uma lição de que o amor de Deus sempre triunfa, mesmo nas situações mais improváveis.
Autor : Ivash Jocen