Real digital é a expressão que define a nova etapa da modernização financeira brasileira. Segundo Francisco Gonçalves Perez, a criação da moeda digital de banco central representa avanço estruturado, que integra tecnologia, segurança e inclusão ao sistema financeiro. Diferentemente das criptomoedas privadas, o real digital será emitido pelo Banco Central e funcionará como extensão da moeda física, oferecendo novas formas de transação e ampliando a eficiência do mercado.
Real digital e sua estrutura dentro do sistema financeiro
O real digital não substitui o dinheiro tradicional. Ele funcionará como uma representação digital do real, emitida pelo Banco Central e armazenada em plataformas reguladas. Essa modalidade se integra ao sistema financeiro atual, permitindo transações rápidas, seguras e com menor custo operacional.
A moeda digital será utilizada principalmente por instituições financeiras autorizadas. Pessoas físicas e empresas terão acesso por meio de carteiras digitais conectadas ao sistema regulatório. O objetivo é criar infraestrutura moderna capaz de suportar serviços mais eficientes e contratos automatizados.
Uso de tecnologia avançada
A base tecnológica do real digital inclui plataformas que permitem transações automatizadas e rastreamento seguro. Conforme indica Francisco Gonçalves Perez, a moeda digital será construída sobre arquitetura semelhante à das redes distribuídas, mas com controle centralizado e supervisão completa do Banco Central.
Essa estrutura possibilita criação de contratos inteligentes, que executam operações automaticamente quando condições definidas são atendidas. O real digital também facilita liquidação instantânea de pagamentos, o que reduz burocracia, aumenta transparência e melhora a velocidade das operações financeiras.
Os impactos sobre o sistema de pagamentos
O sistema de pagamentos brasileiro já passou por grande transformação com o surgimento do Pix. O real digital representa nova etapa desse processo. Assim como ressalta Francisco Gonçalves Perez, a moeda digital permitirá transações ainda mais sofisticadas, incluindo pagamentos programáveis, operações entre empresas e integração com serviços de open finance.

A liquidação automática reduz riscos e encurta prazos. Operações que hoje dependem de intermediários ou confirmação manual poderão ocorrer em segundos. A previsão é que essa agilidade estimule inovação no setor bancário e ampliem oportunidades para fintechs.
Segurança na circulação do dinheiro
Segurança é ponto central do projeto. Assim como observa Francisco Gonçalves Perez, o real digital contará com mecanismos robustos de autenticação, proteção criptográfica e monitoramento contínuo. Como toda transação é registrada, o risco de fraude diminui. Além disso, o controle do Banco Central impede volatilidade e manipulações comuns em ativos digitais privados.
A rastreabilidade também contribui para reduzir custos com compliance e fortalecer políticas de prevenção contra crimes financeiros. Essa maior transparência favorece confiança e aumenta eficiência regulatória.
Potencial para inclusão financeira
A moeda digital também deve ampliar inclusão financeira. Conforme destaca Francisco Gonçalves Perez, o real digital permitirá que serviços financeiros alcancem áreas remotas com facilidade maior, já que transações dependerão apenas de dispositivos conectados. Pequenos negócios, microempreendedores e trabalhadores informais terão acesso a serviços sofisticados sem necessidade de infraestrutura física.
Além disso, novos modelos de crédito, seguros e investimentos podem surgir com base em dados mais precisos e operações programáveis. Essa evolução ajuda a reduzir custos e democratizar serviços antes inacessíveis para grande parte da população.
O real digital inaugura nova fase da economia brasileira. Ele integra inovação, regulação e infraestrutura avançada, sem romper com o sistema financeiro já consolidado. A moeda digital permitirá desenvolvimento de novos modelos de negócio, fortalecerá a competitividade e modernizará serviços públicos e privados.
À medida que o ecossistema evoluir, espera-se maior integração entre pagamentos instantâneos, contratos automatizados, open finance e serviços financeiros digitais. O real digital, portanto, não é apenas inovação tecnológica. Ele representa mudança estrutural que amplia eficiência, segurança e oportunidades para todos os agentes econômicos.
A moeda digital do Brasil será ferramenta decisiva na construção de um sistema financeiro mais ágil, transparente e preparado para os desafios da próxima década.
Autor: Ivash Jocen

