Conforme comenta o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, a pecuária no Brasil tem um papel fundamental na economia, sendo uma das maiores exportadoras de carne do mundo. Porém, o desafio de manter a produtividade sem comprometer o meio ambiente se torna cada vez mais evidente. Nesse cenário, as pastagens sustentáveis surgem como uma solução essencial. A seguir, veremos como essas práticas sustentáveis podem ser adotadas pelos pecuaristas e os benefícios que elas trazem para o meio ambiente e para a economia rural.
Como o manejo sustentável melhora a qualidade do solo?
Segundo o agropecuarista Agenor Vicente Pelissa, o manejo sustentável de pastagens foca em abordagens que respeitam os ciclos naturais do solo e da vegetação. Isso inclui o rodízio de pastagens, que permite que o solo se recupere e que as plantas se regenerem, evitando o desgaste excessivo do terreno.
Ademais, o uso consciente de fertilizantes e insumos naturais contribui para a saúde do solo, mantendo seus nutrientes e favorecendo uma maior biodiversidade. Com isso, o solo se torna mais resistente à erosão, um dos maiores problemas enfrentados em áreas de pecuária extensiva.
Tendo isso em vista, solos bem cuidados são mais férteis e conseguem suportar a criação de gado de maneira mais eficiente. Quando o solo é pobre, a produção de pasto diminui, resultando em menos alimento para os animais e maior necessidade de suplementação. Portanto, investir no manejo sustentável é investir na saúde do solo, o que se reflete diretamente na qualidade e na quantidade de pastagem disponível para os rebanhos.
Os principais benefícios para a pecuária a longo prazo
Adotar práticas de manejo sustentável não só beneficia o meio ambiente, mas também traz retornos econômicos para o pecuarista a longo prazo, como pontua o produtor rural Agenor Vicente Pelissa. O rodízio de pastagens e a recuperação de áreas degradadas, por exemplo, aumentam a longevidade das pastagens, reduzindo a necessidade de abertura de novas áreas.
Assim sendo, a longo prazo, a adoção de práticas sustentáveis também favorece a competitividade do produtor no mercado, já que consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à origem e à sustentabilidade dos produtos que consomem. Ou seja, pecuaristas que investem em pastagens sustentáveis têm mais chances de atender a esse novo perfil de consumidor, conquistando maior espaço no mercado e agregando mais valor à sua produção.
Como começar a adotar essas práticas sustentáveis?
O primeiro passo é o planejamento adequado do uso das pastagens. Isso envolve o mapeamento das áreas disponíveis, o rodízio de animais entre os pastos e o uso de técnicas de recuperação de áreas degradadas. Além disso, o controle adequado da carga animal por hectare é essencial para evitar o chamado sobrepastoreio, que leva à degradação da pastagem.
De acordo com o agricultor Agenor Vicente Pelissa, outro ponto importante é buscar capacitação e assistência técnica especializada. Existem diversos programas e iniciativas no Brasil que visam apoiar o pecuarista na adoção de práticas sustentáveis, como o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono).
Uma forma de preservar o meio ambiente e o seu negócio no mercado
Em suma, o manejo sustentável de pastagens é um caminho vital para o futuro da pecuária brasileira. Através das práticas que cuidam da qualidade do solo e evitam a degradação das áreas de pasto, os pecuaristas podem garantir a produtividade de suas propriedades a longo prazo, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação ambiental. Desse modo, com um mercado cada vez mais focado em sustentabilidade, investir nessas práticas é uma forma de garantir competitividade e sucesso no cenário atual e futuro da pecuária.