Segundo Paulo Twiaschor, a aplicação da realidade estendida na Construção 4.0 está revolucionando o setor ao permitir a antecipação de erros e a mitigação de riscos operacionais por meio de simulações imersivas. A adoção de tecnologias como realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA) e realidade mista (XR) tem se mostrado essencial para promover obras mais eficientes, seguras e com menor desperdício.
O que é realidade estendida na construção 4.0?
A realidade estendida (XR) é o termo que engloba as tecnologias imersivas de RV, RA e realidade mista. No contexto da Construção 4.0, essas ferramentas são integradas aos processos de engenharia e arquitetura para criar ambientes virtuais que simulam, de forma precisa, as condições reais de uma obra.
De acordo com Paulo Twiaschor, a principal vantagem da XR está na sua capacidade de permitir que engenheiros, arquitetos e equipes operacionais visualizem e interajam com o projeto antes mesmo do início da construção física. Isso possibilita decisões mais assertivas e alinhadas com as necessidades do empreendimento.
É possível antecipação de erros com simulações imersivas?
Um dos maiores desafios em obras complexas é a identificação precoce de erros de projeto ou de execução, que muitas vezes só são percebidos quando a construção já está em andamento, gerando custos adicionais, retrabalho e impactos no cronograma. Nesse contexto, a realidade virtual aplicada à Construção 4.0 surge como uma ferramenta poderosa, permitindo a criação de protótipos digitais tridimensionais altamente detalhados. Através desses modelos, engenheiros, arquitetos e demais profissionais conseguem literalmente “caminhar” virtualmente pela estrutura projetada, interagindo com o ambiente de forma imersiva e realista.

Esse tipo de simulação vai muito além de uma simples visualização estática. Ela possibilita uma análise aprofundada de toda a integração dos sistemas construtivos, permitindo a detecção antecipada de interferências entre instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, sistemas de climatização e elementos estruturais. Além disso, torna-se possível avaliar aspectos ergonômicos, de circulação, de acessibilidade e de segurança operacional — elementos que, quando negligenciados, costumam gerar problemas críticos durante a execução da obra.
De acordo com Paulo Twiaschor, especialista no tema, essa capacidade de antecipação oferece um impacto direto na redução de retrabalhos, que figuram entre as principais causas de atrasos, desperdícios de materiais e estouros de orçamento em projetos de construção civil. Ao detectar inconsistências e falhas de layout antes mesmo do início das atividades no canteiro, as equipes conseguem realizar ajustes rápidos e precisos no ambiente digital, economizando tempo, recursos financeiros e garantindo maior assertividade na execução. Dessa forma, a realidade virtual não apenas melhora o desempenho dos projetos, como também eleva os padrões de qualidade, segurança e sustentabilidade na indústria da construção.
Qual o futuro da realidade estendida no setor da construção?
O avanço das tecnologias imersivas tende a torná-las ainda mais acessíveis e integradas às ferramentas de BIM (Modelagem da Informação da Construção) e IoT (Internet das Coisas). A expectativa é que, nos próximos anos, a realidade estendida na Construção 4.0 seja amplamente adotada não apenas em grandes obras, mas também em projetos de médio e pequeno porte.
Para Paulo Twiaschor, essa democratização da tecnologia vai impulsionar a transformação digital do setor, elevando os padrões de qualidade, segurança e eficiência em todas as etapas do ciclo de vida da construção. A realidade estendida na Construção 4.0 representa uma poderosa aliada na busca por obras mais seguras, eficientes e inteligentes.
Em conclusão, com o apoio de simulações imersivas, é possível antecipar erros, mitigar riscos operacionais e tomar decisões mais estratégicas. A visão de profissionais como Paulo Twiaschor evidencia que o uso de RV, RA e XR já não é uma tendência futura, mas uma realidade presente e indispensável para a modernização do setor.
Autor: Ivash Jocen